Autor: Cláudio Domingos
Diante das turbulências do mercado
e incertezas do mundo globalizado, resultando no enxugamento
da economia, downsizing, guerras, atentados terroristas,
crises políticas diversas não só
no nosso país, mas em todo o mundo, muitos gestores
e até mesmo CEOS tem se perguntado se vale mesmo
a pena investir em treinamentos, considerando principalmente
que os empregados nos dias de hoje não têm
pela empresa o mesmo nível de lealdade e comprometimento
que os saudosistas acreditam ter sido comum no passado.
Nos dias de hoje, o foco de todo CEO
de qualquer empresa é alcançar resultados
a curto, médio e longo prazos, fazer a empresa
crescer, alcançar respeitabilidade e confiança
de toda a comunidade nacional e até internacional.
Alguns elementos são indispensáveis para
alcançar metas tão ambiciosas: (a) planejamento
estratégico, baseado em dado confiáveis
(forecast), (b) uma visão realista e equilibrada
do futuro (foresight), (c) uma declaração
de missão e valores confiáveis, (d) fluidez
e transparência na comunicação interna
e externa, (e) um time bem preparado, formado por profissionais
altamente treinados e confiáveis alinhados com
os valores e ideais representados na declaração
demissão (d) um sentimento interno do CEO de
que está no caminho certo baseado no seu preparo,
e observação de todo o histórico
da empresa e tendências mundiais (insight), entre
outras coisas.
Planejamento estratégico significa
elaborar metas poderosas, estabelecer os investimentos
que serão efetuados, mesmo em face dos cortes
de gastos que praticamente toda empresa é obrigada
a fazer, para ajustar-se aos cenários macroeconômicos
que ditam as regras do jogo nos cenários domésticos
e mundiais, traçar um curso a ser percorrido
para os próximos cinco anos, e ter uma visão
externa um (diagnóstico) da empresa, elaborado
por consultores especializados.
Percorrer caminhos tão incertos
exige profissionais comprometidos e altamente qualificados.
Já se foi o tempo que o empregado ficava anos
na mesma empresa, desempenhando a mesma função
para se aposentar após 35 anos de trabalho tedioso.
A realidade do mercado corporativo atual
exige que cada profissional desenvolva todas as competências
necessárias para o desempenho eficaz de suas
funções.
A empresa que não implementa a
cultura do treinamento constante – “Learning
Organizations” –corre graves riscos de perder
seus melhores empregados para a concorrência.
Além de não ser capaz de atrair e reter
novos talentos, a empresa que não implementa
a cultura do treinamento constante está condenada
a ficar apenas com os empregados que permanecem em seus
quadros apenas por pura falta de opção.
Como hoje não existe mais lealdade de empregados
pelas instituições pelo simples hábito
de ser leal, estes só permanecem na empresa enquanto
não conseguem uma colocação em
outra empresa que lhe ofereça mais satisfação
e oportunidade de crescimento pessoal e profissional,
o que só se consegue com treinamento contínuo.
Alguns gestores, e mesmo CEOS têm
medo de investir no treinamento de seus empregados e
esses deixarem a empresa. Ótimo. Você pode
optar por não treinar e só manter na empresa
profissionais despreparados, cheios de vícios
ocupacionais que desenvolvem as mesmas funções,
seguindo as mesmas rotinas, cometendo os mesmos erros
e pagar um preço muito maior do que aquele gasto
investindo em qualificação da mão-de-obra.
Se o único atrativo que a empresa oferece é
o salário, na hora que o seu melhor empregado
conseguir uma oferta de mais dinheiro, ele deixará
a empresa. Além disso, muitas pessoas hoje preferem
ganhar menos em uma empresa onde elas têm tranqüilidade,
paz de espírito e se sentem valorizadas como
profissionais e seres humanos do que permanecer em uma
empresa aonde elas não sentem a menor vontade
de trabalhar.
O gestor de hoje precisa estar alinhado com uma visão
clara do presente e do futuro. Precisa conhecer cada
um dos seus colaboradores, suas qualidades e fraquezas
para ter sempre a pessoa certa para a tarefa certa.
Dever oferecer meio para que os seus melhores empregados
alcancem a excelência e oferecer a oportunidade
e incentivo de crescimento para os pontos fracos em
potencialidades através do desenvolvimento de
competências necessárias ao crescimento
e harmonia da empresa. Quando a empresa investe em
Treinamento, está investindo nela mesma, no seu
próprio presente e futuro.
Pesquisas mostram que sai muito mais caro para a empresa
contratar novos empregados, por mais bem treinado que
pareça, do que investir no treinamento dos seus
atuais empregados. Se a empresa não desenvolveu
a cultura das “Learning Organizations” o
novo empregado logo se adaptará a cultura da
empresa e será mais um a empurrar com a barriga.
O empregado que é treinado dentro da empresa,
que se sente valorizado e reconhecido e alinhado com
a visão, missão e valores da empresa,
desenvolve o senso de lealdade que é o grande
diferencial entre o empregado que comparece todos os
dias para cumprir uma rotina e facilmente troca o seu
emprego por um salário melhor, e aquele que veste
a camisa, que faz o que gosta e gosta do que faz.
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