A Era do Conhecimento
Estamos vivendo uma época na história da humanidade com hiper valorização da informação. A imprensa falada, escrita, eletrônica está cada vez mais presente na vida de todas as pessoas. As pessoas parecem querer viajar na mesma velocidade dos meios de comunicação, a fome por informação aumenta a cada dia. Precisamos ler mais, assistir mais TV, mais vídeos, ir mais ao cinema, ao teatro, participar de grupos de estudo e interesse, enfim fazer cada vez mais, saber mais, na proporção em que o tempo parece ficar cada vez mais escasso.
Manter a empregabilidade obriga o profissional de ponta a se manter cada vez mais atualizado, conhecer e dominar um jargão cada dia mais extenso, cursar uma pós, fazer MBA, mestrado, fazer coaching, programação neurolinguística, ter uma vivência no exterior, passar por diferentes empresas para conhecer diferentes práticas e culturas empresariais. Falar uma língua estrangeira já não representa um grande diferencial competitivo. A cada dia aumenta o número de profissionais que dominam duas três ou mais línguas estrangeiras.
Toda essa demanda por informação leva cada vez mais pessoas a apelarem para soluções mágicas. Basta uma rápida visita às livrarias para encontrarmos livros com fórmulas tipo abracadabra, como Os Segredos do Sucesso, Enriqueça sem Fazer Força, O manual do Sucesso, A fórmula da Riqueza fácil. Há, Naturalmente obras sérias, como o trabalho de Stephen Covey, com títulos igualmente apelativos, mas com grande seriedade.
Torna-se cada dia mais urgente sabermos separar o joio do trigo. Mais importante ainda, é sabermos selecionar as informações que agregam valor à nossa teoria e orientam a nossa prática. Quando selecionamos a informação e transformamos em conhecimento, adquirimos o capital intelectual. Não é a quantidade das informações, que conta, nem mesmo a qualidade. Qualquer tipo de informação pode gerar riqueza, desde que devidamente selecionada e transformada em bem de consumo que pode ser oferecida para atender às demandas de determinados segmento do mercado. A informação certa nos ajuda a descobrir a necessidade de um grupo de consumidores. A Seleção e transformação dessa informação no produto que atende a essa demanda, é a diferença que faz a diferença Precisamos Ficar atentos às tendências mundiais, fazer uma ampla e profunda análise do momento e decidir a direção que queremos seguir.
A era da informação é também a era da comunicação. Comunicar é falar a língua do interlocutor. Muitas pessoas aprendem inglês, francês, japonês, economês, RHsês, mas não é capaz de comunicar de modo que o interlocutor consiga acompanhar o seu raciocínio. Falam muito mais nada esclarecem. Se você não compreende o que estou dizendo é porque não estudou aonde estudei, não desenvolveu as habilidades de comunicação necessárias. Os verdadeiros gênios caminham na contramão dessas pessoas. Quanto mais complexo é o mundo das pesquisas em que vivem inseridos, mais fácil e acessível se torna a linguagem que usam como interface de comunicação com outras pessoas. Expressam os assuntos mais complexos com a linguagem mais simples. Os verdadeiros gênios não escrevem para se tornarem celebridades, escrevem para expressar o seu conhecimento para atender às necessidades da sociedade.
Uma característica dos gênios é a capacidade de discernir dados, fatos e ficção. Viajam às estrelas com os pés no chão. Compreendem o presente, analisando o passado e prevendo o futuro. Assim como o movimento das marés, formação de nuvens, direção dos ventos e outros fatores naturais fornecem dados para a previsão do tempo, os gênios observam os movimentos socioculturais, as tendências mundiais, os movimento sociais, políticos e econômicos para prever o futuro, muitas vezes, dezenas de anos de antecedência.
Unir conhecimento e prática, usar a criatividade, a flexibilidade comportamental, para ficar a frente dos tempos e se antecipar aos acontecimentos. Buscar novos horizontes, transformar idéias em oportunidades e descobrir meios de simplificar o complexo. Essas e outras práticas podem ser o diferencial dos novos gênios.
Houve tempos em que a riqueza era medida pelas terras que alguém possuía, pelos investimentos em bolsas de valores, pela quantidade de ouro acumulado. Hoje a riqueza é medida pela capacidade de transformar informação em conhecimento e conhecimento em capital negociável.
Acima de tudo, o diferencial do novo rico está na capacidade de transformar conhecimento em bens, no verdadeiro sentido da palavra. Hoje a humanidade está aflita com guerras, terrorismo, desemprego, inflação, doenças, pragas. O medo da fome e da dor assola grande parte do planeta. O novo gênio, rico de espírito, é aquele que conseguir transformar o conhecimento em bens que tragam alegria, prosperidade, cura para doenças, esperança e paz.