Motivação

Motivação é um estado mental e emocional que no s impulsiona a fazermos o que for necessário para alcançarmos os nossos objetivos de vida, é um motivo para ação, movivo+ação.
Motivação é o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Na base da motivação está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação inclui também o ambiente que estimula o organismo e oferece o objeto de satisfação. (Regato 2005).

Motivação extrínseca é quando somos motivados por outras pessoas ou determinado grupo. Quando dependemos do outro para nos mantermos motivados. Quando nos sentimos desmotivados para fazermos alguma coisa, quando nos sentimos fracos e incapazes perante as dificuldades. Ex. compramos uma casa pelo sistema financeiro, com trinta anos para pagar. Depois de pagarmos oito anos, o saldo devedor é três vezes maior do que a dívida contraída. Podemos nos sentir desmotivados, tristes, até deprimidos com a situação, mas após ouvirmos palavras de apoio dos amigos, do cônjuge, podemos passar a enxergar a situação por outro prisma e estabelecermos um plano de ação para mudar a realidade que inclua mudança de emprego e ganhar mais dinheiro para que resulte até mesmo na quitação antecipada do imóvel .

Motivação Extrínseca ou auto-motivação é quando o indivíduo consegue motivar a si mesmo diante de situações desmotivadoras. A pessoa auto-motivada segue em frente diante das maiores dificuldades. Digamos que a mesma pessoa do exemplo acima tenha desenvolvido a capacidade de auto-motivação, e imaginemos que sua situação seja agravada com a perda do emprego. Em vez de sentir-se infeliz e ficar triste e deprimida, a pessoa auto-motivada vai procurar alternativas, desenvolver estados internos ativadores que a impulsione em direção de seus objetivos maiores.

Segundo Murray, motivação é um fator interno que inicia, dirige e integra o comportamento humano.
A motivação funciona como forças ativas e impulsionadoras. Segundo Antony Robbins, o indivíduo é movido por dor e prazer. Queremos a alegria, a fortuna, a saúde e a felicidade da mesma forma que lutamos para evitar a dor, a tristeza, a doença e a pobreza. 
O indivíduo desmotivado, quando enfrenta situações difíceis, sente-se vítima do mundo, passa a reclamar, perde a força e a capacidade de lutar. Coloca toda a energia de pensamento nas dificuldades e não vê saída para a situação problema que está enfrentando.

Segundo Albert Ellis, essas pessoas desenvolvem a vitimização aprendida e tornam-se incapazes de superar as dificuldades, e nada que alguém fale ou faça é capaz de motivá-las. É por isso que fala-se que toda motivação é intrínseca, porque se a pessoa não estiver preparada para ouvir e auto-motivar-se, não há nada que outra pessoa possa fazer para motivá-la. Tudo que podemos fazer é incentivar. Como diz Carl Roger, “Podemos conduzir um cavalo à beira de um rio, mas não podemos forçá-lo a beber água. A pessoa que aprendeu a sentir-se vítima do mundo, tem sempre uma resposta pronta contra qualquer argumento que outra pessoa tente usar para motivá-la.

Pessoas auto-motivadas colocam o foco da atenção na satisfação das necessidades e no prazer da conquista, e compreendem as dificuldades – mesmo que seja a perda do emprego e a triplicação do saldo devedor da casa onde mora – como obstáculos a serem superados para alcançarem seus objetivos e afirma que quanto maiores são as dificuldades, maior será op gostinho da vitória.

O Ciclo Motivacional


Davidorff afirma que o ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade. A necessidade é uma força dinâmica e persistente que gera comportamentos capazes de satisfazê-la.

O surgimento da necessidade rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando uma tensão que o indivíduo precisa solucionar. A solução é a satisfação da necessidade.

Se o ser humano tem fome, frio, dor irá esforçar-se para conseguir o alívio da tensão causada pela necessidade apresentada. Uma vez atendida a necessidade, o indivíduo recupera a condição de equilíbrio, aliviando a tensão que estava sofrendo.

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A Hierarquia das Necessidades de Maslow

Segundo Maslow o ser humano está sempre se movimentando em direção do atendimento de suas necessidades. A partir do momento que nos encontramos em estado de carência em qualquer área da vida começamos a estabelecer metas e objetivos e elaboramos um plano de ação para satisfazer as nossas necessidades. A identificação das necessidades, funcionam como um estímulo e o nosso plano de ação colocado em prática são as respostas naturais que produzimos. 

Pirâmide das Necesidades de Maslow

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Segundo Bandura, uma auto imagem positiva do self é fundamental para alcançarmos as metas

Motivação /ação /conquista dos objetivos / metas / estímulo levando a ação/ a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação

Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:

  1. Comportamento ilógico ou sem normalidade; 
  2. Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida; 
  3. Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios / digestivos; 
  4. Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; 
  5. Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.

Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, uma escala de valores a serem transpostos. No momento em que o indivíduo satisfaz uma necessidade, vai logo em busca da realização de outra, exigindo esforços ininterruptos para satisfazê-las. Quando a pessoa está completamente satisfeita em suas necessidades ela pára de crescer. Quando o ser humano está insatisfeito em alguma área de sua vida, procura meios para alcançar a satisfação e realização pessoal.

O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas como elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não sente, única e exclusivamente necessidade financeira.

Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização).

De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. A necessidade de auto realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.

A Satisfação no Trabalho

Quanto mais a pessoa reconhece o trabalho como um lugar que contribui diretamente para a satisfação das suas necessidades, e quanto mais se sente valorizada naquilo que faz, maiores são as chances de motivação para o trabalho.

Quando o funcionário não obtém sucesso na satisfação de suas necessidades e não reconhece o local de trabalho como um ambiente que lhe ofereça prazer e satisfação, a motivação para o trabalho tende proporcionalmente a diminuir.

Frustração

A não satisfação de uma necessidade provoca o aumento das tensões físicas, mentais e emocionais. O acúmulo dessas tensões conduz às manifestações de descontentamento, agressividade, apatia, insatisfação, além de sintomas orgânicos que resultam em doenças ocupacionais como dores no corpo, dores nas costas, dor de cabeça, insônia, tensão nervosa, distúrbios digestivos, pressão alta, etc.

Compensação

Quando o ser humano tem uma ou mais necessidade não atendida, tem uma tendência natural de procurar compensar aquela carência com outra coisa que lhe cause satisfação. Nesses casos as pessoas utilizam-se dos mais variados recursos inconscientes para aliviar a tensão causada pela frustração causada pelo acúmulo de necessidades não atendidas. Muitos recorrem às bebidas, drogas, e outras válvulas de escape que lhe ofereçam prazer momentâneo. Como não conseguem satisfação para as necessidades, tentam compensar a carência com prazeres passageiros, que uma vez satisfeitos, só aumentam o nível de insatisfação e frustração, pois na segunda-feira, a vida volta ao normal e estão de volta ao trabalho, onde precisam encarar a dura realidade.

Davidorff, em (Regato 2005) reconhece sete fatores que contribuem para a motivação:

1. Motivos: referem-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento de uma necessidade. São de natureza interna.

2. Necessidade: aplica-se a deficiências que podem basear-se em requisitos corporais aprendidos, ou ainda, em uma combinação de ambos. A fome constitui a necessidade de busca pela comida, já a preferência pelo faz- food traduz uma necessidade criada pela sua oferta, pela mídia.

3. Impulsos: motivos que surgem para satisfação de ordens fisiológicas básicas (alimento ou água).

4. Instinto: é usado para referir necessidades fisiológicas e para padrões de comportamento complicados que parecem ser de origem hereditária.

5. Estímulo: qualquer coisa que excita à atividade, de natureza externa (qualquer informação captada no meio externo que gere comportamento específico) ou interna (dor, fome, etc.)

6. Incentivo: o que incita, estimula, de natureza externa. No trabalho, por exemplo, podem ser incentivos para uma produção eficaz; remuneração justa, benefícios, bom clima organizacional etc.

7. Interesse: atração emotiva exercida por um objeto ideal. Sua natureza é interna.

 

A Teoria de Dois Fatores da Motivação-higiene de Herzberg

Para Herzberg a motivação das pessoas depende dos fatores higiênicos e motivacionais. Ele alicerça sua teoria da motivação no ambiente externo e no trabalho do indivíduo.

  • Fatores higiênicos - são os que rodeiam a pessoa em seu ambiente de trabalho, inclusive, condições físicas e ambientais, o salário, os benefícios sociais, o tipo de supervisão recebido, o clima organizacional etc.
  • Fatores Motivacionais – Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres a ele relacionados. Produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência.

Para Chiavenato defende a criação de cargos criteriosamente desenhados para oferece tarefas crescentemente desafiadoras, compatíveis com o nível de conhecimento, habilidades e atitudes do funcionário. Quando o funcionário é forçado a realizar tarefas inicialmente fáceis e pouco desafiadoras, não tem a chance de experimentar o sucesso e nem a motivação decorrentes do desempenho da função.

O modelo clássico de desenho de cargos priorizavam uma separação entre o pensamento (gerência) e atividade 9operários): os cargos eram projetados segundo o modelo de fazer e não de pensar, , e o treinamento no cargo era restrito às habilidades específicas necessárias à execução das tarefas. Acreditava-se que quanto mais simples e repetitivas as tarefas, maior a eficiência do trabalhador.

Esse modelo destacava os as seguintes vantagens para a superespecialização do trabalhador e a exagerada simplificação das tarefas, frutos da racionalização do trabalho:

•  admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores;

•  Redução dos custos de treinamento;

•  Padronização das atividades e facilidade de supervisão e controle, permitindo maior número de subordinados para cada chefe;

•  Aplicação do princípio da linha de montagem.

 

Esse modelo, entretanto, trouxe uma série de desvantagens, a saber:

•  Excessiva rotinização e monotonia das tarefas simples e repetitivas, provocando apatia, fadiga psicológica, desinteresse e perda do significado do trabalho, e muitas vezes, levando à resistência ativa, ao ressentimento e ao abaixamento do moral.

•  As mudanças sociais e econômicas indicam que a supersimplificação dos cargos tende a criar ou transferir problemas para o futuro. Os jovens de hoje que estão entrando no mercado de trabalho estão cada vez mais críticos e melhor preparados do que as gerações passadas e precisam de cargos desafiadores para se manterem motivados. Além disso, as atitudes quanto à autoridade estão mudando a cada geração, e as pessoas de hoje estão menos inclinadas do que seus antecedentes a aceitar cegamente as ordens dadas por seus superiores. Finalmente, devido ao gradual movimento da sociedade em relação ao bem-estar social, existe uma enorme possibilidade de certos cargos cíclicos e rotineiros serem tachados de indesejáveis, exigindo a adoção de um complexo de motivadores extrínsecos para captar e reter seus ocupantes.

Não há meios para definir o que eleva o nível de motivação dos empregados de uma empresa. Alguns fatores, entretanto, contribuem para torná-los comprometidos com a organização:

•  um clima organizacional agradável; empregados que se sentem valorizados e reconhecidos pelos superiores hierárquicos e pares tendem a trabalhar mais satisfeitos e produzir melhores resultados.

•  Relacionamento. A criação de um bom clima só é possível através do fortalecimento do relacionamento entre todos os empregados.

•  Identificação. A qualidade do relacionamento, tende a fortalecer a identificação dos empregados com a marca. Quanto mais estes se identificarem com a marca, quanto mais acreditarem que fazem parte da empresa, maior será o nível de comprometimento, melhor será o tratamento dispensado aos clientes, levando a empresa a resultados mais expressivos.

•  Valores. Um bom clima, fortalecido pela excelência no relacionamento, fortalecem a identidade corporativa e amor à marca, que por sua vez, propiciarão maior identificação com os princípios e valores da empresa. As pessoas possuem uma inclinação natural em defender aquilo que amam.

•  Necessidades. Descubra as necessidades dos seus empregados, clientes e colaboradores e antecipe-se em satisfazer todas quantos estiverem ao seu alcance e sinalize seu desejo de contribuir para satisfazer aquelas que estão fora de suas possibilidades.

Trate seus empregados como deseja que eles tratem os clientes, faça-os sentir-se importantes e conseguirá, seja leal com eles e terá grandes chances de atrair, reter e manter motivados os melhores talentos do mercado.